sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sobre a cueca chilena

Assim que cheguei em Santiago, logo no segundo dia, começou uma oficina de cueca, uma dança chilena, na minha universidade. Na minha eterna sede de conhecer manifestações culturais, fui sem me preocupar com o idioma ou o fato de que nunca tinha nem visto como era a tal da dança antes. Por sorte tinha mais uma louca que morava comigo que se interessou em ir fazer as aulas também. Tinha conhecido ela na noite anterior, passando pelo corredor, mas nem tinha falado com ela. Não tive uma primeira opinião sobre essa moça, acho. Só me parecia ser meio quieta.
Foram três semanas intensivas de aulas de cueca para as Fiestas Pátrias chilenas. Três semanas aprendendo sapateados, vueltas, maneiras de segurar o lenço, harto vocabulário chileno e muita coisa sobre a sedução na dança, que nos ensinava de um jeito muito tierno nosso querido professor Luis Maldonado. Alguns bons amigos e boas companhias surgiram aí nesse mês, com sorvetes, conversas sobre as diferentes culturas, almoços, risadas. Mas a coisa mais preciosa que a cueca chilena e toda essa experiência me trouxeram se chama Mariana. Mariana Polastro. E afirmo isso com propriedade, porque depois que a cueca me trouxe essa companhia, ela, por sua vez, me trouxe passeios pela USACH, me fez gostar outra vez de donuts, me trouxe bons momentos de doces e conversa e caminhadas tranquilas. Mais do que isso, essa moça, que aqui em casa chamamos de anjo, foi repouso pra minha inquietude, palavras importantes (duras ou suaves) para os momentos de indecisão ou dúvida, abraço pras horas de lágrimas, carinho para todos os momentos. Essa moça foi, é, e sempre vai ser uma grande amiga.
Um pedaço de mim agora tá em Campinas. Assim que puder vou passar lá pra cuidar dele.

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