segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Em luta

Certo dia resolveu se rendar, como a primavera renda a natureza. Sabia da paz e energia que ganhava no trabalho manual, principalmente em momentos de angustia. Rendava-se numa renda delicada e com textura de perfume de flor, mas forte como ferro. Rendava-se como resistência e luta, mostrando que não é preciso brutalidade para entrar numa guerra. Tornava-se renda branca, manifestação da sua tranquilidade interna e da busca pela paz, apesar desse contratempo de 500 anos. Não era uma bandeira branca.
Fosse agora, daqui há 500 anos, ou numa dimensão paralela, venceria essa guerra. Libertaria não somente seu povo, mas toda a humanidade, que aprenderia a amar.
No momento de incerteza rendava-se, sim. Render-se, nunca.


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