Hoje ouvi dizer duma pesquisa
sobre a palavra mais bonita do Português. Algo do tipo TOP 10 da Língua
Portuguesa. Imagino que os critérios do
público participante sejam tão aleatórios quanto os de qualquer concurso de
beleza, mas de qualquer forma tomei um minuto para refletir sobre, já que nessa
semana também me foi proposta a pergunta “o que é beleza para você?”.
Acho esse tipo de pergunta bastante cretina, porque de duas uma: ou damos uma opinião superficial para sanar a urgência da resposta, ou podemos passar o resto da vida pensando sem chegar a nada muito definido, devido à dificuldade do que nos foi proposto (deixando claro que essas perguntas “cretinas” são lindas e necessárias. Podemos não chegar a uma resposta, mas no ato de pensar vamos além).
Não fiz uma reflexão profunda e sincera com relação ao Português, mas me atenho à primeira palavra que me veio à cabeça: cicatrícula.
CI-CA-TRÍ-CU-LA, olha que lindeza, que som! Quem prestou atenção nas aulas de biologia do Ensino Médio lembra o significado, mas o que proponho para essa palavra não é o conteúdo, e sim a sonoridade e a gama de possibilidades interpretativas que ela permite. Poderia ser um daqueles vocábulos camaleões que se adaptam ao contexto:
Para alguma coisa muito boa, bem feita: a revista desse mês tá uma cicatrícula! Boa mesmo!
Para um momento de raiva: FILHO D’UMA CICATRÍCULA!
Para um momento de deslumbre frente a um fato ou paisagem desconcertantes: Cicatrícula! (e o queixo caído).
No caso de um problema: cara, tô com uma cicatrícula...
Desde meu primeiro contato com a palavra, lá pelos 17 anos, foi amor à primeira ouvida. Tá na minha lista de mais bonitas do Português. Quanto a ovos e vitelos, nada a declarar.
Acho esse tipo de pergunta bastante cretina, porque de duas uma: ou damos uma opinião superficial para sanar a urgência da resposta, ou podemos passar o resto da vida pensando sem chegar a nada muito definido, devido à dificuldade do que nos foi proposto (deixando claro que essas perguntas “cretinas” são lindas e necessárias. Podemos não chegar a uma resposta, mas no ato de pensar vamos além).
Não fiz uma reflexão profunda e sincera com relação ao Português, mas me atenho à primeira palavra que me veio à cabeça: cicatrícula.
CI-CA-TRÍ-CU-LA, olha que lindeza, que som! Quem prestou atenção nas aulas de biologia do Ensino Médio lembra o significado, mas o que proponho para essa palavra não é o conteúdo, e sim a sonoridade e a gama de possibilidades interpretativas que ela permite. Poderia ser um daqueles vocábulos camaleões que se adaptam ao contexto:
Para alguma coisa muito boa, bem feita: a revista desse mês tá uma cicatrícula! Boa mesmo!
Para um momento de raiva: FILHO D’UMA CICATRÍCULA!
Para um momento de deslumbre frente a um fato ou paisagem desconcertantes: Cicatrícula! (e o queixo caído).
No caso de um problema: cara, tô com uma cicatrícula...
Desde meu primeiro contato com a palavra, lá pelos 17 anos, foi amor à primeira ouvida. Tá na minha lista de mais bonitas do Português. Quanto a ovos e vitelos, nada a declarar.
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