Tem dias que a buena onda está em cada camada
do corpo e em cada dimensão que nos envolve. O dia que fiz minhas tatuagens foi
assim, todo especial. Ter como realizador das marcas o querido Fernando Diz, em
presença da companheira-de-todas-as-horas e fotógrafa-dos-bons-momentos (o uso
do hífen não caiu na minha vida) Babi, ao som de Beatles e Queen, foi mais
harmônico do que eu jamais pude imaginar que uma experiência dessas pudesse
ser.
A simbiose com o Diz foi forte, e a sensação
de ter traçado na pele aquelas imagens que por tanto tempo estudei,
cultivei, incorporei, foi a de ruptura e renovação.
O dia não foi à toa: 3 de maio é para alguns
pueblos andinos dia da chacana, porque o Cruzeiro do Sul (inspirador da cruz andina) fica numa
vertical perfeita em relação ao polo sul.
Essa imagem com a flor colorida que remete à wiphala eu peguei do III Festival Cultural de Carnaval Andino Yunza 2014, que aconteceu dia 5 de abril na Praça Ulisses Guimarães.
A palavra em forma de anel, escrita com as tengwar, do Tolkien, é uma ideia que venho ruminando desde os 12, 13 anos, quando li O Senhor dos Anéis.
[O que tá escrito deixo em
suspenso, pra não perder a possibilidade de piada quando me perguntarem.]
Ainda tô naquela fase grudenta de olhar apaixonada e cuidar com todo o carinho delas. Além do significado mais intrínseco de cada desenho, elas se tornaram também memória de um dia lindo com gente querida, e primeira experiência intensa de ter o corpo como suporte direto de uma forma de arte de efemeridade relativa (vai durar enquanto eu, suporte, viver).
Mas o melhor de tudo, e motivo d'eu ter
escrito um raro relato autobiográfico aqui, foi que o registro fotográfico da querida Babi (que por sinal publicou coisa muito bonita sobre nossa ida ao Inhotim) foi publicado na
Revista Capitolina! Fica pra
quem quiser ver um pouco do meu dia 3 de maio de 2014, do trabalho do Diz e da Bárbara, e da Capitolina, que eu
recomendo que cês fucem com carinho, que tá bonita demais.
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